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O que é a cirurgia micrográfica de Mohs?

A cirurgia micrográfica de Mohs ou cirurgia de Mohs é o método cirúrgico considerado mais efetivo e minucioso para o tratamento do câncer de pele, principalmente para o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. Ainda pouco conhecida no Brasil, mas muito utilizada nos países desenvolvidos como Estados Unidos, Canadá e países da Europa, sua alta eficácia é observada em diversos estudos, podendo chegar a mais de 99% de chance de cura em algumas situações.

Sua principal vantagem em relação aos demais métodos é que ela consegue mapear o câncer de pele através da análise microscópica de 100% das margens cirúrgicas, garantido assim a remoção completa das células neoplásicas e preservação máxima de pele sadia, resultando na menor cicatriz possível. 

Nos métodos tradicionais de cirurgia, a análise microscópica das margens cirúrgicas não é realizada no mesmo dia e menos de 1% do tecido removido é submetido a análise.  Desta forma, é necessário a remoção de maior quantidade de tecido sadio e menores chances de cura em comparação com a cirurgia de Mohs.  

Biópsia por congelação é a mesma coisa que cirurgia micrográfica de Mohs?

Não, a “biópsia por congelação” ou “cirurgia com congelação” é um método cirúrgico totalmente diferente da cirurgia micrográfica de Mohs. Realizada geralmente por um cirurgião e um patologista, o cirurgião remove o tecido e entrega ao patologista que realizará o processamento e análise das margens cirúrgicas.  Geralmente a cirurgia com congelação, avalia amostras das margens, semelhante às cirurgias tradicionais, e ao contrário da cirurgia micrográfica de Mohs, que avalia 100% das margens laterais e profunda. 

Quais indicações da Cirurgia micrográfica de Mohs?

  • Tumores localizados na face, principalmente na região nasal, ao redor dos olhos, pálpebras, sobrancelhas, lábios, orelhas, pré-auricular, pós-auricular, bochechas, testa, têmporas, queixo, mandíbula e couro cabeludo.
  • Tumores localizados na região genital e mamas.
  • Tumores localizado nas mãos e pés.
  • Tumores localizados no corpo que sejam maiores que 2 cm de diâmetro.
  • Tumores mal delimitados clinicamente (não seja possível identificar onde ele realmente começa ou termine).
  • Tumores recidivados (aqueles que reaparecem após um tratamento prévio).
  • Tumores incompletamente excisados (não foram removidos por completo).
  • Carcinoma Basocelular que apresente na biópsia um dos subtipos a seguir: infiltrativo, esclerodermiforme, micronodular ou basoescamoso.
  • Situações especiais: pacientes jovens, imunodeprimidos, pacientes submetidos previamente a radioterapia no local onde surgiu o câncer de pele).

Como é feita a cirurgia micrográfica de Mohs? 

O objetivo da cirurgia micrográfica de Mohs é o mapeamento e remoção apenas do câncer de pele, evitando a retirada desnecessária de pele sadia e alcançando o maior índice de cura entre todos os tratamentos. 

A cirurgia inicia-se com a delimitação do tumor visível e uma mínima margem de segurança.  Identificamos os pontos cardinais as 12, 3, 6, 9 horas, removemos o tecido e processamos até obtermos cortes microscópicos que fornecerão análise de 100% das margens laterais e profundas. Após a análise, se for verificado células neoplásicas residuais em algum ponto da margem, uma nova ressecção é realizada, somente nessa área, e submetido a nova análise microscópica. Esse processo é repetido até que seja obtido margens livres de células neoplásicas. Removendo o tumor com precisão e evitando a ressecção de pele sadia desnecessariamente (Figura 1 A-J).

Vantagens da cirurgia micrográfica de Mohs:

  • Maior taxa de cura 
  • Menor chance de recidiva
  • Mapeamento preciso do câncer evitando remoção desnecessária de pele sadia
  • Máxima preservação tecidual, oferecendo melhores resultados estéticos

Como é realizada a cirurgia convencional?

Na Cirurgia Convencional, o estudo das margens e do tumor, não são realizados no mesmo dia da cirurgia, ou seja, a reconstrução da ferida operatória ocorre sem que o cirurgião tenha certeza que todo o tumor foi removido. O tecido removido é enviado ao patologista e submetido a análise posteriormente. Estudos mostram que no método de análise utilizado na cirurgia convencional só é possível analisar cerca de 0,01% a no máximo 5% das margens cirúrgicas, diferentemente da cirurgia micrográfica de Mohs que 100% das margens são analisadas. 

Portanto, na cirurgia convencional como a análise não é feita no ato cirúrgico e menos de 0,01 a 5% das margens são analisadas, é necessário que a quantidade de tecido removido seja bem maior que na cirurgia micrográfica de Mohs.

A cirurgia começa com a delimitação do tumor visível e uma margem de segurança ampla, que de acordo com os critérios da Sociedade Americana de Oncologia, deve ser de no mínimo 4 mm, podendo chegar até 1 cm, isso dependerá do tipo de câncer de pele e sua localização.  O tecido removido é enviado ao patologista e a ferida resultante suturada (Figura 2 A-C). Após o resultado da análise, se a margem cirúrgica apresentar comprometimento tumoral, nova abordagem cirúrgica será necessária. Além disso, como somente uma fração das margens são analisadas há maior chance do tumor voltar nos próximos 5 anos.

A cirurgia micrográfica de Mohs pode ser feita em consultório ou somente em Hospital?

A maioria das cirurgias micrográfica de Mohs podem ser realizadas no consultório com anestesia local. Casos mais complexos podem exigir internação hospitalar, sedação e até mesmo anestesia geral. 

No consultório, após a remoção do câncer, é realizado um curativo e o paciente aguarda em uma sala reservada, enquanto o médico e sua equipe processam o tecido e realizam análise das margens microscópicas. Após o resultado, o paciente retorna ao centro cirúrgico para remoção de mais tecido, quando necessário, ou para o fechamento da ferida, quando as margens estão livres de neoplasia residual.

Caso você decida fazer uma avaliação profissional e detalhada do seu caso, além de ter uma visão mais clara, saiba que a cirurgia de mohs é, sem dúvida, a melhor solução

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